Apresentação Apresentação Contato Contato Home Page Home
Estatuto Regimento Patronos Fotos e Fatos
Brasil - São Paulo - SP
 



Visitas desde 09/02/2007:


Diretoria Pro-Tempore




“NON OMNIS MORIAR”
Não morrerei por inteiro!

O aforismo idealizado para representar o sentido e pensamento da Academia Paulista de Medicina Veterinária – APAMVET será o seguinte: “non omnis moriar”, cujo significado na última flor do Lácio, como Olavo Bilac – “o Príncipe dos Poetas Brasileiros” denominou o idioma português é “não morrerei por inteiro”.

Com essas orgulhosas palavras Horácio concluiu sua Coletânea de Odes, no ano 20 d.C. certo de que sua obra lhe granjearia a imortalidade poética. A frase, ainda é famosa e citada para representar “status” de notoriedade imorredoura entre poetas e intelectuais de todos os tempos: o de uma obra superar, por sua fama, os limites, aparentemente, intransponíveis da morte de seu autor.

Por extensão esse apotegma, também, tem sido aplicado a quem conquistou notoriedade digna da imortalidade, por outro feito notável – não necessariamente de caráter poético e literário – ou mesmo, banalmente mortal, a propósito da lembrança que alguém ilustre deixou após sua morte.

E-mail.: [email protected]
© APAMVET - 2008
Academia Paulista de Medicina Veterinária
Todos os direitos reservados. all rights reserved
[email protected]
PATRONOS DA APAMVET


A VIDA dos PATRONOS e ACADÊMICOS da ACADEMIA PAULISTA DE MEDICINA VETERINÁRIA – APAMVET

HOMENAGEM DA APAMVET

Mário D’Ápice

Patrono da Cadeira nº 6 da Academia Paulista de Medicina Veterinária

Ao se considerar o tácito objetivo da Academia - de registrar e difundir a historia de sua natureza e a essência de seus figurantes, aos poucos se vai divulgando na Pagina Eletrônica da APAMVET, os feitos humanos e profissionais de nossos Notáveis Patronos e dos Ilustres Acadêmicos, bem como de outros insignes profissionais da Medicina Veterinária. Nesta oportunidade, foi incluído um capítulo com a apresentação da Vida Profissional do Professor Doutor Mário D D’Ápice pice pice, atividades desenvolvidas, tanto no Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, como na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo [a partir do segundo semestre de 1956, quando, entre seus primeiros discípulos figuravam alguns Acadêmicos da APAMVET: Eduardo Harry Birgel e Vicente do Amaral]. Cumpre-nos destacar que em sua laboriosa e produtiva carreira o Patrono ora em consideração, sempre foi acompanhado ‘pari passu’ por sua querida esposa e companheira Douto Doutora Virginie ra Buff D D’Ápice Ápice, presente em vários momentos desta apresentação icnográfica.

O relato fotográfico da carreira profissional do Notável Patrono Mário D’Ápice Ápice, foi elaborado e apresentado por seus descendentes diretos: a filha Maria Lúcia D’Ápice Paez, seu genro Paulo Brasil Paez e sua neta Paulina D’Ápice Paez, a quem agradecemos a oportunidade de apresentar esta mensagem na pagina www.apamvet.com.





















CADEIRA N° 6 – PATRONO MED. VET. Mário D’Ápice

2009 - ANO de HOMENAGEM ao CENTENÁRIO de NASCIMENTO do PROFESSOR DOUTOR Mário D’Ápice (1909 – 1965)

Patrono da Cadeira nº 6 da Academia Paulista de Medicina Veterinária


Mário D’ Ápice – Patrono da Cátedra n.º 6 da APAMVET [Academia Paulista de Medicina Veterinária], nasceu em 31 de dezembro de 1909, em São Paulo, formando-se em Medicina Veterinária em 1935 na Antiga Escola de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo. Em seguida foi aprovado em concurso público e nomeado para o cargo de Veterinário Adjunto, no Serviço de Defesa Animal do Instituto Biológico. Em sua primeira função foi designado para o exercício de suas atividades profissionais, como Veterinário Regional, na cidade de Botucatu. Em 1938, foi transferido para São Paulo, para exercer suas funções de Assistência Veterinária e nas Seções de Enzootias e Epizootias.

Graças a sua inteligência, alto espírito empreendedor e dedicação foi, rapidamente, promovido a Assistente-Adjunto (1942).

Em 1945, passou a exercer o cargo de Biologista, na Divisão de Defesa Animal do Instituto Biológico, como assistente de Adolpho Martins Penha (também Patrono da APAMVET). Posteriormente, foi indicado para assumir a chefia da Seção de Enzootias, onde se destacou como profundo conhecedor da bacteriologia veterinária. Mário D'Ápice tornou-se nacionalmente conhecido pelos trabalhos que desenvolveu em relação às doenças infecciosas dos bezerros, particularmente, a pneumoenterite, como também se dedicou nos estudos sobre tuberculose, brucelose dos bovinos e à peste suína. Em razão das pesquisas realizadas tiveram grande repercussão as campanhas sanitárias que implantou para o controle da tuberculose e da brucelose bovina. Os resultados obtidos dessas campanhas, inicialmente, circunscritas a algumas fazendas, despertam grande interesse, necessitando serem ampliadas e oficializadas, resultando na publicação de um Decreto Lei, passando esse serviço para o Instituto Biológico (Seção de Epizootias), visando aplicar o plano às granjas produtoras de leite tipos A e B. Essa medida foi um positivo resultado de deliberações conjuntas, tomadas pelo Departamento de Produção Animal, Faculdade de Higiene, Instituto Adolfo Lutz, Associação Paulista de Criadores de Bovinos e Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa.

A campanha para o controle da tuberculose dos bovinos iniciou-se em rebanhos de Campos do Jordão e Atibaia, ao passo que a de controle da brucelose, foi realizada, inicialmente na Região de Ribeirão Preto, utilizando o diagnostico da infecção e controle dos abortamentos dos bovinos a cepa B 19 da Brucella abortus

Em relação à peste suína, a grande contribuição de Mário D'Ápice voltou-se para o aproveitamento do sangue dos animais experimentalmente infectados no preparo da vacina cristal violeta de Dorset que, primitivamente, utilizava somente o baço e os linfonodos dos suínos inoculados, previamente, com vírus causador da moléstia. Destaque deve ser dado à modificação da via de aplicação da vacina, passando a via de aplicação a ser intradérmica, sendo um dos resultados positivos das pesquisas conduzidas pelo Prof. Dr. Mário D’Apice.

Ao lado de suas atividades voltadas para o estudo da tuberculose, brucelose e peste suína, Mário D'Ápice destacou-se pelo diagnóstico e identificação de várias doenças que ocorriam no Estado de São Paulo. Entre elas: agalaxia contagiosa das cabras, aborto contagioso das éguas, enterite infecciosa dos bezerros, tricomonose bovina, pielonefrite dos bovinos, e abortamento de éguas, causado pelo Streptococcus genitalium.

Durante os últimos anos de permanência no Instituto Biológico, Mário D'Ápice dedicou-se à produção de vacina contra a febre aftosa, na qual introduziu, contrariando as opiniões da maioria, os três tipos de vírus existentes no Brasil. A instalação do primeiro laboratório de produção da vacina contra a febre aftosa, no Instituto Biológico foi considerado o mais significativo mérito científico do ilustre pesquisador, que enfrentou inúmeras dificuldades para implantá-lo. Mas, Mário D'Ápice encontrava tempo para exercer, concomitantemente, diversas atividades paralelas, por exemplo: cuidar do rebanho da Fazenda Experimental Mato Dentro (em Campinas, SP); orientar a instalação e o preparo da vacina contra a peste suína, no Instituto de Pesquisas Veterinárias "Desidério Finamor" (em Porto Alegre, RS); exercer a Presidência da Comissão Estadual de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, a fim de elaborar plano de combate à doença e exercer atividades em Revistar Científicas, Sociedades participando e organizando, Congressos.

A contribuição de Mário D' Ápice para o desenvolvimento científico do Instituto Biológico, até sua exoneração do cargo de Biologista para ocupar na Cátedra de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, obtida por Concurso Público de Provas e Títulos, em 1957, foi digna de um pesquisador representante da célebre escola criada pelo Prof. Henrique da Rocha Lima.

Em 1957, Mário D'Ápice concorreu à Cátedra da Cadeira de Doenças Infecciosas e Parasitárias, da FMV da USP, apresentando a tese “Estudos sobre o preparo e aplicação da vacina de cristal violeta no combate à peste suína. Vacinação e soro-vacinação por via intradérmica”, sendo aprovado em primeiro lugar, depois de acirrado concurso de provas e títulos. O concurso foi aprovado pela Congregação da Faculdade de Medicina Veterinária, em 16 de agosto de 1957. Nesse mesmo ano, a partir de 30 de agosto passou a exercer as funções do cargo de Professor Catedrático, em Regime de Tempo Integral, e como Professor Catedrático ministrou, no segundo semestre de 1957, aulas para a Vigésima Turma de estudantes da tradicional Faculdade Veterinária de São Paulo, tendo entre esses discentes três dos atuais Acadêmicos da Academia Paulista de Medicina Veterinária: Acadêmicos - Eduardo Harry Birgel, Olympio Geraldo Gomes e Vicente do Amaral.

Como Professor Catedrático, exerceu com brilhantismo e alta dedicação a espinhosa missão de mestre. Não esqueceu, no entanto, a Instituição na qual adquiriu a bagagem científica que o levou à Universidade. Em carta datada de 4 de março de 1958, solicita ao Diretor Geral do Instituto Biológico, Doutor. Paulo Nóbrega, a realização de intercâmbio científico para ministrar as aulas práticas da disciplina sob sua égide, nos laboratórios do Instituto.

Como Professor da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias, da FMV-USP, foi membro do Conselho do Fundo de Pesquisa e Fomento Zootécnico do antigo Departamento de Produção Animal; representou a Universidade junto ao Ministério da Agricultura, em assuntos ligados à Defesa Sanitária Animal; participou como conferencista em reuniões e simpósios de inúmeras Faculdades de Medicina Veterinária do País, bem como também no exterior. Além do mais no exercício de suas funções participou em várias ocasiões, em Comissões ou Bancas de Concurso para seleção de Professor Catedrático, tanto no Brasil, como também no Uruguai e Argentina.

Mário D'Ápice publicou vários artigos científicos e de divulgação, em revistas brasileiras e estrangeiras, como também proferiu conferencias e palestras, em inúmeras ocasiões, no Brasil como também nos países vizinhos, já mencionados.

Os trabalhos de Mário D'Ápice tiveram grande repercussão internacional, sendo citados em obras de referência e em publicações científicas e alguns deles chegaram ser transcritos em outros idiomas.

Nota: A palestra do Acadêmico Vicente do Amaral foi apresentada em 2002 e em seguida publicada com o título “Mário D’Apice 1909 – 1965” e a seguir publicado na “Revista O Biológico. São Paulo v.65, nº1, p.19 – 23, jan – jun 2003” com adaptações para inserção na Pagina Eletrônica da Academia Paulista de Medicina Veterinária - www.apamvet.com !


 
Home | Apresentação | Administração | Eventos | Academicos | A Profissão | Academia Brasileira | Publicações | Contato